O Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora, em Rosário do Sul, que atende pelo SUS, foi alvo de uma intervenção da prefeitura. Na terça-feira, o Executivo fez um decreto de calamidade pública em função de uma série de problemas nas gestões financeira e hospitalar da instituição. Como a saúde é uma área essencial à sociedade, o poder público tem gerência para intervir em casos extremos e emitir um decreto desse tipo. Todo o processo está sendo acompanhado pelo Ministério Público local. Uma auditoria deve ser concluída em 30 dias.
Na prática, a prefeitura afastou o provedor da instituição, Paulo Fernandes. O hospital passa a ser comandado por um interventor e um comitê gestor formado por representantes de instituições da cidade.
Não esperávamos ter que intervir, mas foi necessário. Era um anseio da comunidade para terminar com as interrupções nos atendimentos afirma o prefeito de Rosário do Sul, Luiz Henrique Antonello (PSB).
Conforme o prefeito, o 13º salário dos servidores, a metade da folha de pagamento de janeiro e a folha de fevereiro ainda não foram pagas. Só a dívida com funcionários giraria na casa de R$ 1 milhão. Segundo Antonello, há R$ 70 mil em caixa.
Por duas vezes, neste ano, os serviços de média e alta complexidade como clínica médica, cirurgia, obstetrícia, pediatria e traumatologia foram interrompidos. A emergência não parou porque os médicos são pagos pela prefeitura. Na época, a direção da antiga afirmou que o pagamento não foi feito porque o Estado atrasou o repasse dos recursos. O Diário não conseguiu localizar o gestor afastado.